quinta-feira, 12 de abril de 2012



PESSOAS ILUSTRES DE PALMÁCIA



             Ao abrir este espaço em minhas MEMÓRIAS INTERIORANAS para o tema PESSOAS ILUSTRES DE PALMÁCIA, começarei expondo o perfil biográfico de JOSÉ CARLOS CAMPOS, um conterrâneo que, na verdade, merece ser lembrado e homenageado por todos da nossa terra, pelo homem politizado que ele era e por seu grande exemplo de filho, irmão, marido, pai e amigo.


JOSÉ CARLOS CAMPOS 
 FILHO ILUSTRE DE PALMÁCIA




TRAJETÓRIA DE UM HERÓI

            Seminarista, Comerciário, Agricultor, Agente Especial da Coletoria, Agente Censitário, Fiscal da Prefeitura de Palmácia, Secretário Municipal de Palmácia, Secretário da Junta de Serviço Militar, Diretor Administrativo, Poeta, Marido e Pai. Estas foram as principais atividades exercidas por JOSÉ CARLOS CAMPOS, filho ilustre de Palmácia, no decorrer dos seus 87 anos de existência.

NASCIMENTO E VIDA

            Há mais ou menos 91 anos, o pequeno arruado de PALMEIRAS DOS QUEIROZ amanhecia em festa. O sol brilhava com magnificência, enfeitando o firmamento com lindos raios solares que se projetavam por todas as montanhas e uma brisa suave de vento serrano percorria todo o lugarejo. Os passarinhos gorjeavam com mais acuidade entre as palmeiras, como para anunciar que algo de esplendoroso estava para acontecer. Era o dia 9 de maio de 1921, uma segunda-feira.
Na residência do casal ALFREDO RIBEIRO CAMPOS e MINERVINA RIBEIRO CAMPOS era só expectativa. No quarto, em trabalho de parto, se encontrava dona MINERVINA e ao redor da casa, em amplas passadas, estava seu marido ALFREDO, esperando o nascimento de seu sexto filho.
Logo depois, para alegria de todos, ouviu-se o choro de uma criancinha e aquele pequeno arruado viu-se todo festivo, anunciando a chegada daquele que muito contribuiria para o seu desenvolvimento – JOSÉ CARLOS CAMPOS.

TEMPOS DE CRIANÇA

            O menino CARLOS passou sua infância entre o aconchego do lar e as brincadeiras com os irmãos, Lalô, Josias, Aldira, Adile e Giselda, subindo e descendo serras, banhando-se nas bicas, açudes e cachoeiras, visitando sítios, engenhos de cana de açúcar, casas de farinha e correndo pelos verdes prados daquele pequeno aglomerado de casas.
            Ao atingir a idade escolar, seus pais sentiram-se na obrigação de colocá-lo na escola. E lá se foi o menino CARLOS estudar na escolinha da professora MARIA FLORINDA SAMPAIO ROCHA.
Entre os colegas, destacava-se pelo entusiasmo e vontade de aprender e também pela rapidez com que assimilava os ensinamentos. Logo, logo estava aquele menino alfabetizado e tempos depois, cheio de conhecimentos, concluiu com êxito o curso primário.

ADOLESCÊNCIA E A VIDA FORA DE CASA
           
            Aos 16 anos, o adolescente CARLOS foi mandado pelos pais para FORTALEZA/ CAPITAL para continuar os estudos. Fora internado no SEMINÁRIO DOS FRADES CAPUCHINHOS, em MESSEJANA e lá concluir o curso ginasial.
            Vendo que o sacerdócio não era seu forte, desistiu da carreira e foi à procura de outro rumo, empregando-se no comércio de FORTALEZA.
            Pouco tempo passou exercendo a função de COMERCIÁRIO, pois viu que aquela função não era de sua simpatia. Algo lhe dizia que deveria voltar à terra natal, ao ARRAIAL DAS PALMEIRAS, pois o Senhor do Universo estava lhe preparando um cantinho lá. Esse adolescente, apesar de não sentir-se atraído pelo sacerdócio, era tido por todos como um católico fervoroso. 

DE VOLTA AO SEU ACONCHEGO

            Em 1942, aos 21 anos, JOSÉ CARLOS CAMPOS retornou definitivamente para sua terra natal, porque sentiu que sua vida estava predestinada a viver ali, no aconchego de sua família e amigos, entre as serras, sentindo o vento frio a acariciar-lhe o rosto.
E também em seu íntimo florescia aquela vontade de trabalhar pelo engrandecimento do seu torrão natal, de juntar-se aos políticos da terra e lançar a pedra fundamental para o seu desenvolvimento.

CONSTRUINDO UMA NOVA FAMÍLIA

            Em sua terra natal, CARLOS CAMPOS vivia feliz entre a casa paterna, a agricultura, os parentes e os amigos. Um belo dia, porém, seu coração bateu mais forte, estava amando! Apaixonara-se perdidamente por sua prima, IRENE CAMPOS. Os dois passaram a namorar. Amaram-se e, certo de que juntos se completavam, casaram-se no dia 26 de março de 1950, na IGREJA MATRIZ DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS, em PALMÁCEA (terra das palmeiras - registrada erroneamente de PALMÁCIA).
            Uma vez casado, CARLOS CAMPOS viu que sua responsabilidade aumentara e logo tratou de trabalhar mais e mais, ora como AGRICULTOR, ora com AGENTE ESPECIAL DA COLETORIA, ora como AGENTE CENSITÁRIO.
            Pouco a pouco cada filho foi aparecendo: JOÃO CARLOS, JOSÉ EUCLIDES, LÚCIA DE FÁTIMA, FLOSCELI e FRANCISCO HELDER.
            E a vida de CARLOS CAMPOS se tornava cada vez mais festiva. Observava ele, em cada rosto daqueles filhos tão amados, o quanto valera aquela união, aquele casamento. E o casal CARLOS X IRENE vivia feliz naquela vidinha interiorana, naquele aconchego de gente simples, de povo acolhedor e humilde, onde se podia colocar cadeiras na calçada e olhar o tempo passar despreocupadamente.
            Mas o casal sentia também que aquela vida não seria só de rosas. Os espinhos apareciam em seu jardim de sonhos e com perseverança e amor ele os arrancava.

VIDA POLITIZADA

            Nos idos dos anos 1950, JOSÉ CARLOS CAMPOS observava que PALMÁCIA estava crescendo, pois seus conterrâneos já contavam com a ideia de se construir uma subprefeitura, que seria administrada pelo então subprefeito, ATANÁSIO PERDIGÃO SAMPAIO.
            E o subprefeito, por sua vez, via em CARLOS CAMPOS a pessoa ideal para alicerçar e empurrar a embaraçada burocracia daquela subprefeitura, uma vez que ele era amigo de todos, não tinha nenhuma facção política e também idealizava e previa a emancipação política daquele DISTRITO DE MARANGUAPE.
            Passou então, CARLOS CAMPOS, a trabalhar naquela subprefeitura que estava engatinhando. E a partir desse dia usou de todas as suas forças e aspirações, trabalhando com afinco. E os esforços foram válidos, pois construiu com destreza todos os alicerces de uma futura prefeitura, equilibrando-se constantemente no seu ideal de ver nossa terra natal ser elevada à categoria de CIDADE. Desse cargo honorífico só saiu para se aposentar.

UNINDO LÍDERES POLÍTICOS

            Com o ritmo acelerado em seus trabalhos na subprefeitura, CARLOS CAMPOS viu-se quase que na obrigação de unir os MAIORES LÍDERES POLÍTICOS que PALMÁCIA possuía, isso na esperança de lutar pela nossa emancipação política.
De um lado estava o líder ATANÁSIO PERDIGÃO SAMPAIO pelo partido PSD e do outro, o também líder JOSÉ MOISÉS MOREIRA DE ANDRADE pela UDN.
            Os três, CARLOS CAMPOS, ATANÁSIO e JOSÉ MOISÉS reuniram-se com o DR. MOACIR AGUIAR, dentista de PALMÁCIA na época e trataram dos primeiros assuntos acerca da tão sonhada emancipação política da nossa terra. E com grande intensidade passaram a trabalhar nessa ideia de PALMÁCIA ser elevada à categoria de CIDADE.
            Por esse feito, JOSÉ CARLOS CAMPOS é considerado o primeiro idealizador da emancipação política de PALMÁCIA e o primeiro a reunir forças políticas para tal acontecimento. Estava lançada a pedra fundamental daquela ideia magnífica.

TESTEMUNHA DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE PALMÁCIA

Após o ano de 1954, PALMÁCIA estava se evoluindo economicamente, pois já se podia contar em nossa terra sete fábricas de aguardente, mais de sessenta engenhos de rapadura e umas quarenta casas de farinha aproximadamente, bem como a cultura do algodão, do urucum e do babaçu. O comércio também estava bem desenvolvido e a feira livre, aos domingos, atraía um grande contingente de fregueses.
Nesse tempo PALMÁCIA era vista como um dos maiores distritos de Maranguape, mas considerada esquecida por esse Município, talvez pelo fato da grande distância da sede, da subida da serra por uma estrada íngreme e bastante acidentada. E esse descaso causava desconforto aos filhos da terra, alertando-os para a libertação política, onde essa ideia passou a ser comentada nas esquinas e nas casas.  
 Através de um PLEBISCITO o povo de PAMÁCIA manifestou grande desejo de ver nossa terra emancipada politicamente, pois na época já preenchia todos os requisitos exigidos por lei para elevar-se à categoria de Município, ou seja, tinha mercado público, paróquia, cemitério e dez mil habitantes.
E assim, através da força dos partidos políticos e com a ajuda extremosa de JOSÉ CARLOS CAMPOS, que foi testemunha ocular e assinante do próprio punho, no ato da promulgação da lei, PALMÁCIA tornou-se MUNICÍPIO.
Esse episódio, tão importante para nós, PALMACIANOS, aconteceu no DIA 28 DE AGOSTO DE 1957, numa quarta-feira, quando no Palácio da Abolição, o GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, na época, PAULO SARASATE, assinou a Lei 3.779, na presença de muitos filhos da terra, dentre eles, o idealizador JOSÉ CARLOS CAMPOS, que viu sendo realizado o seu maior sonho político.

ASSUMINDO CARGOS PÚBLICOS

            Criado o MUNICÍPIO, CARLOS CAMPOS foi nomeado FISCAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMÁCIA, isso no ano de 1959. E nos anos seguintes assumiu as funções de SECRETÁRIO MUNICIPAL, cargo que exerceu com grande determinação e responsabilidade pelo longo período de 20 anos, cumulativo com as funções da JUNTA DE SERVIÇO MILITAR.
Ele era uma pessoa muito benquista em PALMÁCIA, realmente muita acreditada, pelo homem de caráter que era, pai extremoso e amigo de toda a população.

EXPERIÊNCIAS CURRICULARES

            Para favorecer o MUNICÍPIO DE PALMÁCIA nas administrações de ATANÁSIO PERDIGÃO SAMPAIO, CHICO DAMASCENO, EDIVAL CAMPOS LIMA, ANTONIO SIMPLÍCIO DO NASCIMENTO E CLEMENTINO CAMPELO NETO (este por duas gestões), JOSÉ CARLOS CAMPOS participou de inúmeros seminários e também concluiu os seguintes cursos:
·        Prática de Administração Municipal (feito em 1963);
·        Curso de Elementos de Administração Municipal (feito em 1967);
·        Curso de Administração Municipal – CETRECE (feito em 1968);
·        Seminário Internacional de Administração Municipal (feito em 1970);
·        Curso de Prestação de Contas Municipal (feito em 1972);
·        Curso de Contabilidade Pública (feito em 1974);
·        Elaboração de Orçamento Programa (feito em 1977);
·        Segundo Curso de Contabilidade Pública (feito em 1977);
·        Curso de Higiene do Lar (feito em 1978);
·        Curso de Secretário da Junta de Serviço Militar (feito em 1978).

O POETA

            Nosso herói também tinha uma veia poética. Quando se sentia com a mente mais calma, livre das grandes labutas de uma prefeitura e sujeita a outras criações, CARLOS CAMPOS via-se voltado à arte de versejar. Devido a isso compôs dois belíssimos poemas que estão sendo citados abaixo. Pena o mesmo não ter perseverado nessa arte, pois tendência não lhe faltava, porque como diz o ditado “quem faz um cesto, faz um cento”.   Com certeza foram as grandes responsabilidades da sua vida pública que não o deixaram prosseguir.

EM BUSCA DE TRANQUILIDADE

            Depois de todas essas lutas em prol do desenvolvimento da nossa terra natal, nosso conterrâneo CARLOS CAMPOS sentiu que seu organismo precisava descansar. E foi então no ano de 1993 que esse homem público se viu obrigado a aposentar-se, abandonando, assim, as lides municipais pelas quais tanto havia lutado.
            E em casa, junto aos familiares, pode curtir os netos que iam aparecendo; onde cada filho construía sua história, baseada nos ensinamentos, na firmeza da fé, do amor e dos bons exemplos do casal CARLOS X IRENE.
            Os netos passaram a preencher a vida daquele homem público que fora um dia. Orgulhoso de sua prole, CARLOS CAMPOS transmitia aos netos ensinamentos de companheirismo, de fraternidade, de amizade, indicando-os a andar por caminhos sólidos, nas entrelinhas de sua conduta e moral.

DE VOLTA À PREFEITURA

            Em 1993, CARLOS CAMPOS foi convidado a retornar à PREFEITURA DE PALMÁCIA e o fez sem nem mesmo titubear. Isso aconteceu na ADMINISTRAÇÃO DO PREFEITO CHICO PAULO. Ele ocupou o cargo de DIRETOR ADMINISTRATIVO junto à SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO, sendo reconduzido na mesma função também na ADMINISTRAÇÃO DO PREFEITO JOÃO SIMPLÍCIO DO NASCIMENTO.

PRÊMIO TROFÉU “TORRE DA LUA”

            Durante a ADMINISTRAÇÃO DO PREFEITO CHICO PAULO, o nosso PIONEIRO DA PREFEITURA – CARLOS CAMPOS, criou o TROFÉU “TORRE DA LUA” para homenagear as pessoas que se destacaram no MUNICÍPIO DE PALMÁCIA, nos mais diferentes ramos. A escolha foi feita com bastante critério por uma comissão de dez pessoas da sociedade de PALMÁCIA. E não deu outra coisa! Entre os dez candidatos apresentados, CARLOS CAMPOS foi o premiado! E com bastante simplicidade salientou ter apenas cumprido com o seu dever, mas todos o viam como exemplo de ética e honradez, pelos relevantes serviços prestados à nossa terra, recebendo, assim, o troféu de MELHOR FUNCIONÁRIO DO MUNICÍPIO.
            Por sua conduta exemplar e sua grande força de vontade, CARLOS CAMPOS era visto por todos que trabalhavam ao seu lado, como o CÉREBRO DAQUELA PREFEITURA.

BODAS DE OURO

            Em PALMÁCIA, no dia 26 de março de 2000, na pequena cidade que o viu nascer, o casal CARLOS X IRENE teve o grande prazer de comemorar suas BODAS DE OURO, ladeados pelas presenças de seus filhos, netos, parentes e amigos.

PARTIDA DE UM HERÓI

            No dia 23 de outubro de 2008 o herói, JOSÉ CARLOS CAMPOS, foi chamado aos braços do Pai Celestial, pois sua missão aqui na Terra havia terminado.
            As saudades serão eternas e seu posicionamento e caráter ficarão para sempre na mente de todos que o conheceram.
            Desde sua partida, a PREFEITURA DE PALMÁCIA não conheceu outro igual.

DEPOIMENTO DE SEU FILHO HELDER

Meu pai foi um palmaciano que amou a terra em que viveu e morreu. Era um homem de pouca cultura em bancos de escola, porém de um imenso conhecimento na escola da vida.    Excelente esposo e pai, procurou dar a seus cinco filhos, o melhor que podia e o fez. Deixou o maior de todos os ensinamentos: SEMPRE FALAR A VERDADE.
Homem correto e de conduta ilibada, de saudosa lembrança. Certamente jamais será esquecido pela família, independentemente do tempo.
Ele, nos tempos de juventude, reunido com amigos, costumava dizer, a título de prosa, que os homens podiam ser classificados em três tipos, a saber:

O VARÃO - Manda ele e ela não

O VARELA - Manda ele e manda ela 

O VARUNCA - Manda ela e ele nunca.


JOSÉ CARLOS CAMPOS nasceu em 9 de maio de 1921 e faleceu em 23 de outubro de 2008. Era natural da cidade de PALMÁCIA – CE, localizada no MACIÇO DE BATURITÉ. Trabalhou durante a maior parte de sua vida na prefeitura daquela cidade. Aposentado, vez por outra em rodadas de amigos na terra natal recitava poesias de seu imaginário. Dele, descrevo o soneto SAUDADE, escrito no longínquo ano de 1949.

SAUDADE

Eu amava loucamente uma pequena
Também ela parecia me amar, 
Sua cútis vermelha e tão serena
Olhos meigos, azuis a encantar.

Sua boca era doce e pequenina,
Sua face mediana e bem oval,
Com sua graça sutil e muito fina,
Toda ela era todo meu fanal.

Eis que um dia chegou a desventura,
Veio levar essa jovem criatura
Para longe do meu pobre coração.

Hoje vivo sozinho e muito triste
E fico a pensar se ainda existe,
Se um dia alguém me pedirá perdão.

Este foi outro soneto escrito por ele. Vejam:


TIRADENTES

Libertas Quae Sera Tamen
Assim Dizia TIRADENTES
Louco! Que importa que o chamem
Se dominou os seres viventes?

Queria liberdade, queria glória
Para a terra de encantos mil
Assim seu nome ficou na história
Como o Grande Defensor desse Brasil.

Foi com seu estandarte à mão
Que do país tomou todo o coração
E encetou uma tremenda luta

Rugiu na guerra qual terrível fera
A TIRADENTES o Brasil venera
E lá no céu ele ao Brasil escuta.


Abaixo, narração feita pelo radialista GUAIPUAN VIEIRA, da RÁDIO PITAGUARI AM, de MARACANAÚ-CE, por ocasião do falecimento do Sr. JOSÉ CARLOS CAMPOS:






            Se você conheceu ou teve como parente uma pessoa, natural de PALMÁCIA, que já partiu para outras dimensões, mas que em vida fez algo pela cultura e desenvolvimento de nossa terra, essa pessoa merece ser lembrada e homenageada! Mande-me subsídios e fotos que terei o máximo prazer em desenvolver sua biografia e publicá-la aqui, nas minhas “MEMÓRIAS INTERIORANAS EM VERSO E PROSA”, onde realço PALMÁCIA, minha terra natal. Ficarei à disposição de todos. Email: iolandacas@hotmail.com 


quarta-feira, 4 de abril de 2012


O POÇO DOS CACHORROS  
EM UM PASSADO DISTANTE...
 OU
PALMÁCIA DOS ANOS 60




Nas antigas terras do “vô” Benjamim,
Perto da Bica que me propus a falar
Tem uma cachoeira a correr assim:
De manhãzinha e de noite, sem parar.


E nessa cachoeira tem um poço
Muito conhecido pela população,
Que vai ao banho antes do almoço,
Em qualquer hora, em qualquer ocasião.


Ele é chamado de “Poço dos Cachorros”
E foi também palco das minhas peraltices.
A ele íamos sem documentos e sem gorros
Nos velhos tempos das nossas criancices.


Íamos, nós amigos, em uma turma mista,
Um picnic a fazer e nas pedras bronzear.
As meninas de biquínis a enfeitar a vista
E os meninos, “paqueras”, a nos apreciar.


Nas nossas velhas brincadeiras inocentes
Nada de bebida, fumo, droga ou coisa assim.
Nenhuma maldade povoava nossas mentes,
Vivíamos felizes, eu digo isso por mim.


Lembro-me que fomos, em família, certa vez
Ao “Poço dos Cachorros” pra nos deleitar.
Entre tainhas e mergulhos eu tive a altivez
De ser uma sereia nas águas a me banhar.


Meu primo Benjamim, num pequeno esforço
No canavial adentro nesse dia se embrenhou.
Ao seu grande trabalho não precisa esboço,
Com um feixe de canas nas costas ele chegou.


Em descascar as canas o primo era perito
E em saboreá-las a turma aproveitou.
“Uma cobra na moita!” Alguém soltou um grito
E o primo, com a faca, ligeiro a matou.

Por
Iolanda

Poema extraído do livro
"Minha Palmácia de Ontem"




COM CERTEZA


Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira
Sentindo a sensação da sua alma sendo purificada por inteira
Com certeza, meu amor, você já se banhou na queda de uma cachoeira
Sentindo a sensação da sua alma sendo purificada por inteira

O início e o fim, a noite e a madrugada
A policia, o ladrão, e a planta que não foi discriminalizada
Eles querem nossa paz, mas temos Deus a nossa volta


E clamo para ter algemas apenas no nosso amor [2x]

Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira
Sentindo a sensação da sua alma sendo purificada por inteira
Com certeza, meu amor, você já se banhou na queda de uma cachoeira
Sentindo a sensação da sua alma sendo purificada por inteira

A ferida que formou, já está sendo curada
A noite escura se foi, levando as trevas e trazendo luz à sua estrada
A paz que nos roubaram, graças a Deus temos de volta
E clamo para ter algemas, apenas no nosso amor [2x]

Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira
Sentindo a sensação da sua alma sendo purificada por inteira
Com certeza, meu amor, você já se banhou na queda de uma cachoeira
Sentindo a sensação da sua alma sendo purificada por inteira

Ela vai, ela vai se purificar
É só você querer, é só você querer
É só você pensar no bem, você pensar em Deus
Só porque Deus, só porque Deus conhece
Deus conhece
Ele está ligado em tudo que a gente faz
Por isso reze, e peça pra Deus te salvar também
Essa é a positiva, a positiva vibração

Com certeza
Sentindo a sensação
Com certeza
Você vai sentir a sensação da sua alma sendo purificada por inteira.

PALMÁCIA - MEU ÉDEN ENCANTADO  
PARAÍSO PERDIDO ENTRE CACHOEIRAS

POÇO DOS CACHORROS (PALMÁCIA)



CACHOEIRA DO CAFUNDÓ (PALMÁCIA)



CACHOEIRA DO CHUVISCO (PALMÁCIA)



CACHOEIRA DO CHUVISCO (PALMÁCIA)



CACHOEIRA DO CHUVISCO (PALMÁCIA)



CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)



CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)




CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)



 
CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)



CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)



CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)



CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)



CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)



CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)



CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)



CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)




CACHOEIRA DO ORATÓRIO - CANADÁ (DISTRITO DE REDENÇÃO)