domingo, 17 de junho de 2012


"SAINDO UM POUCO DA ROTA"

UM BEIJA-FLOR NO MEU QUINTAL






As ideias que defendo não são minhas. Eu as tomei emprestadas de Sócrates, roubei-as de Chesterfield, furtei-as de Jesus. E se você não gostar das ideias deles, quais seriam as ideias que você usaria? – DALE CARNEGIE


Hoje, dia 17 de junho de 2012, 9h. Domingo de sol e chuva aqui em Fortaleza. Casamento da raposa! E eu sozinha em casa sem nenhum atrativo para um dia de domingo. Não fui à serra de Palmácia, como costumo fazer e nem programei outro passeio.
Meu digníssimo foi dar umas voltas, “tomar umas e outras” nessa Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. Chamou-me, mas faltou-me interesse. Minhas filhas também saíram a passeio. 
Fiquei em casa. Sou caseira, gosto de solidão, não solidão de amor, de saudade, da falta de alguém, mas a solidão do silêncio, da paz de espírito. Gosto da solidão da curtição, da criação de ideias, de pensamentos frouxos... Sozinha pratico várias atividades prazerosas: leio, escrevo, faço poemas, prosa... Sozinha faço pintura, artes, limpo minha casa... Com meus pensamentos frouxos lavo, passo, faço comida, costuro, versejo... Canto! 
Na solidão converso melhor com DEUS, oro e agradeço a paz. Acendo velas para São Francisco de Assis, meu protetor espiritual, aromatizo a casa com incensos...
Na solidão, brinco com Nietzsche, meu cão, afago-lhe, faço-lhe cafunés e ele gosta. Ensino-lhe a se comportar, ele atende e aprende.
Às vezes, muito raramente, aos domingos, quando não vou à serra ou não saio pra lugar nenhum, tomo umas três ou quatro latinhas de cerveja em casa mesmo, curtindo o meu rei Roberto Carlos, ouvindo minhas músicas (“bregas” para minhas filhas) e fico relembrando minha juventude. Mas hoje não estou com vontade, me encontro triste por um amigo, problemas de saúde.
É, a solidão é minha companheira e, curtindo-a, reflito melhor sobre minhas atitudes, minha vida, meus erros, meus acertos, minhas lutas, minhas vitórias, meus amores...
Na solidão curto minha amiga Net, meu amigo Facebook, meu estimado amigo Blog. Na solidão aprendo mais com meu “poderoso” amigo “São Google”... Na solidão nunca estou só, sou moderna, sou informatizada. (risos).
E hoje, casamento da raposa, em um domingo de sol e chuva, procurando uma tarefa pra me entreter, resolvi lavar uns girassóis artificiais que tenho. Lindo arranjo de canto de sala, um pé de madeira, com doze girassóis abertos e cinco botões prontos a abrirem-se, entre linda folhagem; arranjo na altura de 1.5 m, que comprei já alguns anos na EMCETUR. Caro não, o cão! Nem turista sou! Mas achei bonito e comprei.
Fiquei a limpá-los. Tenho mania de limpeza, gosto de tudo limpo, brilhando. Sou prática, não acumulo tarefas, portanto, quase não as tenho. Resolvi lavar essas flores para tirar um pouco de poeira que não saía com o aspirador. Minha casa não tem poeira. Uma amiga já falou: “Ah, na tua casa não entra poeira!”. E eu ligeira retruquei: “Entra sim, eu é que as expulso, sem dó dos meus braços!”. Detesto poeira, detesto desordem. Considero-me organizada. Abra meu guarda-roupa pra ver! Nada fora do lugar! Gaveta disso e daquilo. No lado do meu marido: gaveta das meias e lenços, gavetas das cuecas, gavetas das camisetas, gavetas das bermudas... Tudo limpo e cheiroso, sou mãe, sou esposa, sou mulher, sou amante.
E nem tenho secretária. Detesto “empregada doméstica”! Não pela profissão, que é digna, mas pelo que elas  me aprontaram quando eu trabalhava fora e delas precisava, pra “cuidarem” da minha casa e “cuidarem” das minhas filhas. Hoje estou livre delas, graças a DEUS e não as quero nem de graça aqui em casa!
E a manhã se alternando, ora chuva, ora sol. Limpei os girassóis com a água da chuva, curtindo esse exuberante fenômeno, curtindo a natureza bela, presente de DEUS. Molhei-me toda! Em seguida veio o sol, astro rei rindo da chuva, com seus raios brilhantes e pouco aquecidos por ser cedo do dia. Um vento frio e gostoso vindo da praia... Pus as flores a secar... Acabou-se a tarefa, tinha que arranjar outra, pensar noutro entretenimento.
Porém... nada mais pra fazer. A casa estava limpa, as roupas lavadas, engomadas e guardadas, a comida feita, a louça lavada, o cachorro banhado. E agora, José?
Deu-me vontade, então, de prosar. Prosar mesmo! Não de prosear, de jogar conversa fora, essa conversa informal, sem compromisso, esse bater papo pra nada. Também pudera! Cadê meu amigo intelectual, pra gente conversar aqui na net sobre tudo, principalmente sobre Língua Portuguesa?! Nem ele! Então deu-me vontade de prosar, mas de prosar mesmo, escrever, redigir, dissertar... Teclar e expulsar ideias, criar um texto.
Todavia... Prosar sobre o quê? Cadê o título? Sem título, sem objetivo algum não há inspiração! De repente olhei para os girassóis a secar... Estavam lindos! Pareciam novos em folha! E, num espaço de segundos, uma cena fantástica, inédita no meu quintal! Um lindo Beija-flor fora atraído por aquelas flores e chegou de mansinho, como a querer se deliciar do momento, encostando seu bico num girassol, desejoso de beijar-lhe! Que cena maravilhosa! Fiquei extasiada! Nunca tinha visto de perto essa linda paisagem natural. 
A apenas dois metros de mim, aquele pássaro minúsculo, em carne e osso, pairado no ar, de um azul metálico, brilhante! De súbito, chamejando entre a folhagem dos girassóis e os raios matutinos do astro rei, com suas asinhas lépidas, transparentes, olhar desconfiado, tentou roubar um beijo da flor! De repente fiquei a observar essa tão grande obra de DEUS e saiu-me da voz uma expressão: “Que lindo!”. 
Com medo de afugentá-lo, parei onde estava e prendi a respiração. Mas, que pena! O Beija-flor, não encontrando o néctar que procurava, fugiu em disparada! Ali não encontrara o que queria, não encontrara a sua flor, não encontrara jardim. Apenas fora enganado, ilusão ótica! Para mim, uma grande magia, uma cena inédita no meu quintal, um pássaro pairado no ar, numa altura de dois metros,  tiritando suas asinhas transparentes na tentativa de amar, de amar sem medida, de sorver o mais puro doce através de um ardente beijo. Essa cena fantástica valeu-me o domingo e o casamento da raposa! Sol e chuva, chuva e sol.
No seu voar “beija-florístico” senti a inspiração para escrever e assim nasceu essa prosa que me deleitou por alguns minutos e me fez perceber, mais uma vez, que a felicidade está sempre onde nós estamos, nos gestos inocentes dos pássaros, no perfume de uma flor, numa palavra amiga, num olhar, num agradecimento, na simplicidade de um domingo sem sair de casa, nas menores coisas da vida..."As pessoas mais felizes não têm, necessariamente, o melhor de tudo; simplesmente desfrutam, ao máximo, de tudo que está no seu caminho".
Sou feliz, vivo feliz, porque aceito e assimilo tudo isso como sinônimo de felicidade.  

Por
Iolanda



"QUE ADIANTA UM COLIBRI VOAR À LOUCA,
SE NÃO ENCONTRA NO JARDIM A SUA FLOR?!"


sábado, 16 de junho de 2012


GUERREIRA E VENCEDORA






Em 15 de junho de mil novecentos e bolinhas (ela não divulga a idade! Rsrs...), nasceu IOLANDA CAMPELO DE ANDRADE SAMPAIO, que carinhosamente é chamada por mim de MAMÃE
Natural da cidade de PALMÁCIA/CE, IOLANDA veio para FORTALEZA morar em casa de parentes - enfrentar a vida dura da “cidade grande” em busca de um futuro melhor. 

Seu pai, RENATO SAMPAIO ANDRADE (in memoriam), agricultor culto, apesar de pouco estudo, mas de muita leitura, sempre fez tudo pelos seus OITO FILHOS. Até sacos e mais sacos de bananas e mangas SEU RENATO mandava para as casas dos parentes aqui em FORTALEZA, como uma forma de agradar pela ajuda que eles estavam dando aos seus filhos que moravam de favores em suas casas para continuar os estudos.

Quando todos os filhos eram pequenos e moravam em PALMÁCIA, DONA ILDETE, sua mãe, fazia cadernos de restos de jornais não impressos e partia o lápis ao meio para dar aos filhos, sem deixar que eles tirassem o foco dos estudos.

Uma outra LIÇÃO DE VIDA de IOLANDA, que me emociona, foi quando ela precisou, já na faculdade,   comprar um livro para estudar e, não tendo dinheiro, comentou com sua irmã mais velha, DODÔ, e a irmã se prontificou a dar um jeito, não sabia como, mas daria. No outro dia, DODÔ, que tinha longos cabelos, chega à universidade com suas madeixas bem curtas. Ela havia cortados os cabelos  e vendido-os, para dar o dinheiro à irmã para a compra do livro. Essa história sempre me emociona. Isso chama-se FORÇA DE VONTADE E UNIÃO!

Aos poucos, IOLANDA foi conquistando seus ideais. Ela sempre batalhou muito. Enfim, formou-se. É Bacharela em Ciências Sociais, Licenciada em Sociologia e Pós-graduada em Técnicas Didáticas, além de professora, escritora e muito prendada em trabalhos manuais.

No ano de 1997, recebeu das mãos do GOVERNADOR TASSO RIBEIRO JEREISSATI, o prêmio de MELHOR ALFABETIZADORA DE FORTALEZA, pelos relevantes servições prestados à ALFABETIZAÇÃO,  quando, com pertinência e constância, dedicou-se ao sacerdócio de ALFABETIZAR SEM CARTILHA, através do MÉTODO DA SENTENCIAÇÃO, dentro da TÉCNICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS, com base na LINHA CONSTRUTIVISTA e nos posicionamentos de JEAN PIAJET, VYGOTSKY, CARL ROGERS e outros, conseguindo que 99% de seus alunos, na faixa etária de 6 e 7 anos, aprendessem a ler através da construção de suas próprias cartilhas. Isso ocorreu nos anos anteriores na E.E.F.M DONA HILZA DIOGO DE OLIVEIRA e no CENTRO EDUCACIONAL DE REFERÊNCIA PROFESSORA MARIA JOSÉ SANTOS FERREIRA GOMES - CERE ANTONIO BEZERRA.  

Em 12 de fevereiro de 2011, IOLANDA publicou um livro de poemas, por título "MINHA PALMÁCIA DE ONTEM", onde fez um lançamento temático, relembrando os ANOS 60 (foto acima), fase dourada da sua existência, quando morava em PALMÁCIA. É uma história de amor, cheia de brincadeiras, inocência e saudades, tudo descrito de maneira muito sucinta, onde, em forma de rima, IOLANDA registrou toda a sua infância e adolescência, tudo que ficou de precioso em sua memória sobre as vivências familiares, os ensinamentos, as escolas, os paqueras, os passeios, as festas, os acontecimentos bizarros, as ocorrências engraçadas e alguns conterrâneos que marcaram a fase áurea da sua ditosa primavera.

Hoje, IOLANDA é PROFESSORA APOSENTADA PELA REDE ESTADUAL DE ENSINO NO CEARÁ  e guarda muitas saudades de seus alunos, que considerava como filhos. Vive feliz entre o LITORAL e a SERRA, ou seja, entre sua casa e o lugar onde nasceu. É comum vê-la com um livro nas mãos, sendo a leitura o seu maior lazer. 

Considera-se uma ETERNA EDUCADORA, mas também uma ETERNA APRENDIZ. É VICIADA no FACEBOOK e nesse BLOG de sua autoria, onde registra as memórias da sua TERRA NATAL. Tem ainda uma grande devoção por SÃO GOOGLE. É, por assim dizer, UM MODELO DE MODERNIDADE.


É uma pessoa muito religiosa, muito temente a DEUS. E tem por intermediário entre ela e o PAI CELESTIAL, o Poverello de Assis - SÃO FRANCISCO DE ASSIS, através do qual já alcançou inúmeras graças. 

E nesta data tão especial, 15 DE JUNHO, dia do seu aniversário, nossa família só tem a agradecê-la e parabenizá-la pelo seu EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO, DE MULHER/MÃE/ESPOSA  DE GRANDE PERSONALIDADE E CARÁTER.


TE AMAMOS, IOLANDA! 


Essa mulher GUERREIRA E VENCEDORA é MINHA MÃE e eu tenho um imenso orgulho de dizer isso.

O VÔ RENATO, lá do Céu, está mandando um grande abraço pra senhora, MAMÃE, e está perguntando também: "Ser besta é bom?!" (risos... era brincalhão demais aquele velhinho!).

FELIZ ANIVERSÁRIO, IOLANDA! 

Ass.: Sua família 

Por Karol  Andrade





Mãe

"Mãe, tu és a conselheira dos meus passos
A mais digna mulher dos meus abraços
A dona do mais puro beijo meu

Mãe, tu és o meu prazer na vida ou morte
Pois me ensinaste a ter um braço forte
E a construir a imagem do meu eu

Mãe, tu tens em tuas mãos toda virtude
Pois entregaste a tua juventude
Pelo prazer de ter nome de mãe

E eu, usei todas as palavras que disponho
Mas na maior frase que a ti componho
Existe algo ainda por dizer

Mãe, tu és para a poesia uma meta
A musa inspiradora de um poeta
Que descobriu a fonte do amor

Mãe, em ti eu vejo tudo que há em mim
Por isso eu te digo que és enfim
A imagem mais perfeita do que sou

Mãe, tu tens em tuas mãos toda virtude
Pois entregaste a tua juventude
Pelo prazer de ter nome de mãe

E eu, usei todas as palavras que disponho
Mas na maior frase que a ti componho
Existe algo ainda por dizer."



segunda-feira, 4 de junho de 2012



PESSOAS ILUSTRES DE PALMÁCIA


VICENTE DE PAULO SAMPAIO ROCHA
FILHO ILUSTRE DE PALMÁCIA


        Vicente Sampaio Rocha recebendo das mãos de sua esposa, Lúcia Andrade da Rocha   Sampaio,  o troféu "Torre da Lua"


          Aqui, em MINHAS MEMÓRIAS INTERIORANAS, estou abrindo novamente o espaço PESSOAS ILUSTRES DE PALMÁCIA para outro palmaciano que merece ser lembrado e homenageado pela sua valiosa contribuição ao desenvolvimento da nossa terra. Refiro-me, assim, ao ETERNO MESTRE VICENTE SAMPAIO, que é lembrado por todos como O MAIOR ÍCONE DA EDUCAÇÃO PALMACIANA, isto por sua GRANDE DEDICAÇÃO COMO PROFESSOR e pelo CARISMA E APOIO CULTURAL deixado no coração de cada um que teve o prazer de tê-lo como MESTRE.  
VICENTE DE PAULO SAMPAIO ROCHA foi exemplo também de primoroso filho, ótimo irmão, ótimo marido, afetuoso pai e grande amigo de todos.

NASCIMENTO

         Aos 31 dias do mês de julho do ano de 1929, há 82 anos, nascia no ARRAIAL DAS PALMEIRAS, distrito de MARANGUAPE/CEARÁ, hoje cidade de PALMÁCIA/CEARÁ, no MACIÇO DE BATURITÉ, mais uma criança do sexo masculino. Dias depois essa criança foi batizada na IGREJA MATRIZ DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS, em PALMÁCIA, quando lhe foi posto o nome de VICENTE DE PAULO, tendo como madrinha de apresentar uma criancinha de apenas 9 anos, de nome MARIA ILDETE GUIMARÃES CAMPELO, que no futuro seria sua SOGRA. 
VICENTE DE PAULO era filho do contador FRANCISCO HILDEBRANDO ROCHA e da professora MARIA FLORINDA SAMPAIO ROCHA. 

HERANÇA CULTURAL


      VICENTE DE PAULO SAMPAIO ROCHA vem de uma família de EDUCADORES. Ele pertencia à classe média do lugar e era membro da família FUNDADORA DA CIDADE.
        Sua avó materna, MARIA AMÉLIA PERDIGÃO SAMPAIO, foi a PRIMEIRA PROFESSORA PÚBLICA DE PALMÁCIA, quando, em 1897 chegou à VILA DE PALMEIRAS, fez de sua casa uma ESCOLA e de lá só saiu em 1952, quando DEUS a chamou.
    Sua mãe, MARIA FLORINDA SAMPAIO ROCHA, foi também uma GRANDE EDUCADORA da cidade de PALMÁCIA, onde teve o prazer de ALFABETIZAR MUITAS GERAÇÕES. E foi também a professora fundadora (primeira professora oficial) da Escola Menezes Pimentel, em Pacoti.
    Sua tia, MARIA DOLORES SAMPAIO GOMES, foi outra GRANDE EDUCADORA de PALMÁCIA, onde tinha uma escola no SÍTIO CANABRAVA DOS FERNANDES por nome ESCOLA CANABRAVA.     

INFÂNCIA E AS PRIMEIRAS LETRAS

          O menino VICENTE cresceu entre serras, no aconchego do lar, na alegria dos familiares e amigos, sorvendo um clima frio, correndo nos sítios com seus irmãos, brincando entre palmeiras, bananeiras, cajueiros e canaviais, tomando banho nas límpidas cachoeiras das serras, nadando em açudes e vivenciando as labutas dos engenhos de cana de açúcar.     
          Iniciou seus estudos lá mesmo, na sua terra natal, em 1935, com a idade de 6 anos. Sua primeira professora foi sua avó materna, MARIA AMÉLIA PERDIGÃO SAMPAIO, que, como citado acima, foi a PRIMEIRA PROFESSORA PÚBLICA DE PALMÁCIA, quando, na época, o lugar era nada mais do que um aglomerado de casas carinhosamente chamado de PALMEIRAS DOS QUEROZ ou simplesmente PALMEIRAS.  
Anos depois, o menino VICENTE, já alfabetizado, veio embora para FORTALEZA/CAPITAL, onde continuou seus estudos na ESCOLA APOSTÓLICA SÃO VICENTE, dos padres lazaristas. Dali surgiu sua inclinação para o ESTUDO DO LATIM, DO GREGO E DAS LETRAS NEOLATINAS, o que o levaria, mais tarde, a tornar-se UM PROFUNDO CONHECEDOR DO PORTUGUÊS E DO ESPANHOL.  

TRAJETÓRIA DE UM GRANDE EDUCADOR

Formado em LETRAS pela UNIVERSIDADE CATÓLICA DO CEARÁ, iniciou suas atividades de magistério no LICEU DO CEARÁ e na ESCOLA NORMAL JUSTINIANO DE SERPA, paradigmas do ensino público em FORTALEZA/CAPITAL. 
Também lecionou aqui em FORTALEZA no COLÉGIO CASTELO, na ESCOLA TÉCNICA DE COMÉRCIO FÊNIX CAIXEIRAL, no COLÉGIO AMERICANO BAPTISTA, no COLÉGIO BRASIL e no COLÉGIO RUI BARBOSA.
Em MARANGUAPE/CEARÁ lecionou no COLÉGIO ANCHIETA e por último lecionou no GINÁSIO MONSENHOR CUSTÓDIO e na ESCOLA MARIA AMÉLIA PERDIGÃO SAMPAIO, ambos em PALMÁCIA.

CRESCIMENTO CULTURAL DO BIOGRAFADO

VICENTE exerceu ainda a função de DIRETOR-PROPRIETÁRIO do GINÁSIO TEÓFILO GURGEL em FORTALEZA e foi CO-FUNDADOR DO CENTRO EDUCACIONAL MONSENHOR CUSTÓDIO em PALMÁCIA, sendo seu PRIMEIRO DIRETOR. Foi também SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DE PALMÁCIA, de 1983 a 1988.
Por todo seu esforço EM PROL DA EDUCAÇÃO DE SEU POVO recebeu VÁRIAS HOMENAGENS E COMENDAS, tendo sido escolhido como PATRONO DA ÚNICA BIBLIOTECA PÚBLICA DA CIDADE DE PALMÁCIA. 
Foi PROFESSOR TITULAR DA FACULDADE CATÓLICA DE FILOSOFIA, hoje UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, e trabalhou ao lado de GRANDES EXPOENTES DO MAGISTÉRIO CEARENSE a exemplo de seus conterrâneos JOSÉ REBOUÇAS MACAMBIRA e SILDÁCIO MATOS ROCHA.

A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO

POR AMOR À SUA TERRA NATAL deixou para trás UMA BRILHANTE CARREIRA ACADÊMICA, passando a dedicar-se à EDUCAÇÃO DO POVO PALMACIANO, onde TRANSFORMOU A CASA DE SUA AVÓ MARIA AMÉLIA numa BIBLIOTECA, sempre estando disposto a atender consulentes, notadamente ESTUDANTES E PESQUISADORES, nas mais diversas áreas do saber.  
Não satisfeito só com isso, queria ajudar muito mais o povo de sua terra.  E passou a sonhar com uma nova escola em PALMÁCIA, uma ESCOLA GINASIAL, sonho que foi concretizado e muito serviu aos jovens daquele tempo.
Deixa editado, pela editora paulista LTR, um LIVRO escrito em parceria com sua cunhada, a professora ROSIMIR ESPÍNDOLA SAMPAIO, cujo título fala por si: “PORTUGUÊS NOSSO DE CADA DIA”, um dicionário de ETIMOLOGIA, PRONÚNCIA E TERMOS JURÍDICOS.

HISTÓRIA DO CENTRO EDUCACIONAL MONSENHOR CUSTÓDIO

          "Quando toda a comunidade palmaciana descobrir a força que terá  uma comunidade coesa e bem dirigida, e se assim ocorrer, em nosso Município, não muito longe, teremos aqui o Curso Colegial ou mesmo o Normal".  
                                                            (Professor Vicente Sampaio - Ata da 3ª reunião da criação do Centro de Ensino de Palmácia - datada de 20/02/1966).

          Com a calorosa ideia do nosso biografado  e também do prefeito da época, FRANCISCO DAMASCENO FILHO, surgiu o CENTRO EDUCACIONAL MONSENHOR CUSTÓDIO em PALMÁCIA, isso nos idos dos anos de 1966, tendo a prefeitura doado o prédio e a CAMPANHA NACIONAL DE EDUCANDÁRIOS  GRATUITOS (CNEG) mantido os professores e funcionários, mais tarde passando a denominar-se CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE (CNEC).   
        O nome dessa escola, dentre os vários apresentados, foi em homenagem a um membro de tradicional família conterrânea, MONSENHOR CUSTÓDIO SAMPAIO, de grande destaque no CLERO DO CEARÁ.
   Estando o ESTABELECIMENTO DE ENSINO pronto para funcionar, nosso biografado foi conduzido à DIREÇÃO e em seguida abriu as matrículas para os primeiros alunos que ali foram iniciar o CURSO GINASIAL, após fazerem os EXAMES DE ADMISSÃO AO GINÁSIO.
     Dentre os alunos da primeira turma, por sinal muito grande, estavam alguns de nossos conterrâneos:  AIRTON BARBOSA LUZ, ANTONIO LUZ, HENRIQUE HELDER CAMPOS ARAÚJO, JOÃO CARLOS CAMPOS, JOSÉ DAMASCENO SAMPAIO, MARIA DA PENHA DAMASCENO, JOSÉ ÉRTON BARBOSA, LUCIANO BARBOSA, ANTONIA ALVES ALMEIDA, FRANCISCA CARLOS PONTES, MARIA ADÊMIA DAMASCENO, MARIA AUXILIADORA DE ANDRADE, LÚCIA CAMPELO DE ANDRADE, GALBA ANDRADE DOS SANTOS, MARIA LIDUÍNA FARIAS BONFIM, MARIA LUCIEUDA DE FREITAS LOURENÇO, NEIDE MARIA CAMPOS E RITA DE  CÁSSIA DAMASCENO.
    Lecionavam nessa primeira turma os seguintes professores: VICENTE SAMPAIO ROCHA, MARIA ALDA MOURA, WALTER REBOUÇAS MACAMBIRA, MARIA MARLENE DE FREITAS, MARIA SINHARA FRANÇA ANDRADE, MARIA GISELDA COELHO TEIXEIRA, MARIA CONSOLATA MARQUES E MARIA CONSUELITA MARQUES.
     Esse ESTABELECIMENTO DE ENSINO cumpriu deveras com a sua finalidade durante mais de 30 anos, educando os FILHOS DE PALMÁCIA, como idealizou e profetizou o nosso querido PROFESSOR VICENTE SAMPAIO.

E O AMOR BATEU À SUA PORTA

       VICENTE vivia feliz em sua vidinha pacata de interiorano, ora como DIRETOR E PROFESSOR, ora como AGRICULTOR AMANTE  DA NATUREZA. Até que um dia o AMOR BATEU À SUA PORTA. E não era pra menos, pois já passava da idade de casar, precisando, pois, encontrar sua ALMA GÊMEA.
       Sua escolhida foi uma ALUNA SUA DA PRIMEIRA TURMA GINASIAL. Seu coração batia mais forte ao vê-la, como a mostrar-lhe que aquela era a mulher que ele procurava há anos. Mas, como conquistá-la se ela tinha idade de ser sua filha? Porém, para os PROJETOS DE DEUS nada é impossível: o namoro aconteceu e com poucos meses casaram. O casamento foi realizado  no dia 9 de fevereiro de 1969, na IGREJA  MATRIZ DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS, em PALMÁCIA, tendo a CASA DO SENHOR  sido belamente ornamentada com RAMOS DE BEIJAMIM, planta típica do local, pelo decorador da época, AIRTON BARBOSA LUZ. 
           Dessa união mandada por DEUS nasceram dois filhos: FLOR e FERNÃO, que vieram colorir mais ainda essa felicidade que perdurou por muito tempo.

DE VOLTA AOS BRAÇOS DO PAI
         
          Nos últimos tempos de sua vida, o ETERNO MESTRE VICENTE SAMPAIO vivia feliz entre a SERRA e o SERTÃO, locais onde sempre primou pela conservação da natureza, dedicando-se à disseminação de espécimes nativas da flora dessas regiões. Era comum vê-lo com as mãos ocupadas: ora com uma foice, ora com um livro. Amava a terra e os livros e deles nunca se separava! 
    Mas, como nem tudo são flores, o destino se encarregou de mudar aquele perfil e, por infaustas contingências do mesmo, nosso biografado fora acometido de INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA, doença que o levaria à morte.
      Já abatido, NÃO SOLTAVA OS LIVROS e nem deixava de ser reconhecido pelo HOMEM CULTO que era. Certa vez, em MAIS UMA HOMENAGEM, justificando sua falta a um evento por estar debilitado, escreveu seus últimos versos:

"De corpo frágil e cansado
Doença me tirou dentre vós
Pra agradecer  de bom grado
Esta festinha entre nós.

À palavra bonita e discurso
Nunca fui acostumado
Mas a gratidão me impôs
Enviar um muito obrigado."

(Palmacia, 07 de setembro de 2001)


        No dia 10 de junho de 2002, nosso ETERNO MESTRE VICENTE SAMPAIO foi chamado de volta à casa do PAI CELESTIAL, porém ficou-nos seus ensinamentos e sua memória será preservada para sempre entre nós.


AGRADECIMENTOS DE SUA EX-ALUNA E CUNHADA "DODÔ", NA COMUNIDADE "PROFESSOR VICENTE, VOCÊ CONHECEU?", DO ULTRAPASSADO ORKUT


       Foram longos os anos que sentei em bancos de escola, porém, o que aprendi de imediato foi muito pouco. Parece que os ensinamentos ficam acumulados para, posteriormente, com o decorrer das nossas necessidades, do nosso amadurecimento, ficar pingando como "gotas de cristal". É nesse ínterim que dizemos: "deu o estalo!". No entanto, DOIS MESTRES ME FORAM DIFERENTES: EUNICE LEITE em SUAS DECOREBAS e PROFESSOR VICENTE em ANÁLISE SINTÁTICA. Com esses, sim, aprendi na hora e nunca mais esqueci. Hoje os dois já não convivem mais conosco, portanto, não posso mandar-lhes essa mensagem diretamente e deixo-a para ser lida por todos que acessarem esta comunidade aqui no ORKUT e que foram SEUS ALUNOS. Não me pesa a consciência por OMISSÃO DE AGRADECIMENTOS, porque, sempre que podia visitar a MADRINHA EUNICE, eu lhe agradecia pessoalmente e o mesmo fazia ao PROFESSOR VICENTE. Queria de coração ver esta comunidade bem ativa, pois ESSE MESTRE NUNCA MORRERÁ PARA QUEM DELE RECEBEU SEUS ENSINAMENTOS.  



Vicente quando seminarista na
Escola Apostólica São Vicente



Vicente quando serviu no CPOR
Turma de 1942




Vicente em seu sítio "Pimenta Longa"


Formatura




Formatura




O agricultor culto




Francisco Hildebrando Rocha
Pai de Vicente


Maria Florinda Sampaio Rocha
Mãe de Vicente


Maria Amélia Perdigão Sampaio e Pedro Sampaio de Andrade Lima
Avós maternos de Vicente


  Vicente com seus pais e noiva



Casamento Vicente X Lúcia



Unidos pelos laços de DEUS



Em perfeita felicidade



Entre as avós: Senhora e Marizinha



Vicente e Lúcia entre os amigos
Érida Barbosa e Atanásio Filho
Formatura de Lúcia
Esposa de Vicente


Professor Vicente Sampaio


Solar dos Sampaio
Casa de Vicente


Solar dos Sampaio
Casa de Vicente



Casa onde morou Maria Amélia Perdigão Sampaio
Primeira professora pública de Palmácia


Lúcia e Vicente


Casamento de  Ricardo e Flor
Flor - Filha de Vicente e Lúcia


Vicente e Lúcia
com Flor (filha) e Mateus completando 1 aninho (neto)

Vicente entre artistas da terra
Mirla e Bob

Fazenda Pedras do Poente - Caridade/Ceará
Sertão no inverno
Fazenda de Vicente

Fazenda Pedras do Poente - Caridade/Ceará
Sertão no verão
Fazenda de Vicente


Fernão - filho de Vicente e Lúcia
No curral da fazenda

Lúcia e Vicente
Aniversário de Renato Sampaio Andrade - 80 anos

Lúcia e Vicente
Solar dos Sampaio

Professor Vicente Sampaio
Centenário da Educação Formal
Palmácia / Ceará

Professor Vicente e Professora Lúcia
Evento Escolar

Lúcia e Vicente
Parada de 7 de Setembro

Vicente e Lúcia
Com Fernão (filho) e Ignês (irmã de Vicente)
Evento Escolar


Vicente e seu irmão médico - Paulo


Lúcia e Vicente
Centenário da Educação Formal 
 Palmácia / Ceará


O Eterno Mestre
Já acometido pela doença

Lúcia Andrade da Rocha Sampaio
Viúva de Vicente

VEJAM OS VÍDEOS!
É MUITO EMOCIONANTE!
PRINCIPALMENTE PARA QUEM ESTUDOU COM O SAUDOSO PROFESSOR
VICENTE SAMPAIO OU O CONHECEU DE PERTO

            Este 1º vídeo, que ganhou o Oscar, foi feito do outro lado do mundo e, por mera coincidência,  apresenta a verdadeira história do Eterno Mestre, Professor Vicente Sampaio, pois os livros foram seus amigos em toda a sua essência e por toda a sua vida. Ele nos ensinava a amá-los e a zelá-los e para ele os mesmos tinham vida e sentimento. Ele nos incutia também a utilizá-los sempre e dizia que através da leitura viajávamos e corríamos mundo, onde adquiríamos conhecimentos úteis à nossa vida. Me emocionei deveras quando vi este vídeo, pois até o principal personagem é parecido com ele. Vejam também esses poemas que fiz ao meu Eterno Mestre e atentem na semelhança com a história deste vídeo. 
                                                                                                                                 IOLANDA




10 anos sem seus ensinamentos, mas o
Eterno Mestre Vicente Sampaio estará sempre entre nós,
 nas páginas de cada livro que lermos! 


"Um livro aberto é cérebro que fala; 
fechado, um amigo que espera;
esquecido, uma alma que perdoa;
destruído, um coração que chora".
(Tagore)





O ETERNO MESTRE

Quem estudou no Ginásio Monsenhor Custódio
De fato haverá de se lembrar,
Em qualquer data, em qualquer episódio,
De um mestre que estava sempre a ensinar...

...Português com grande dedicação,
Com sacerdócio e extrema magia,
Ensinando regras de acentuação,
De concordância e também de ortografia.

Além de professor ele era poliglota
E também um grande historiador.
Dizer-lhe os predicados me esgota
A mente, ao qualificar esse doutor.

Ele era humilde, não era de falácia,
Mas um exemplo de sabedoria!
É o eterno mestre de Palmácia,
Mestre dos mestres que lá viveu um dia.

Esse professor que estou a relatar
É o eterno mestre Vicente Sampaio,
Que nos ensinava a estudar
E em cada regra fazia um ensaio...

...Pra nos mostrar as verdades das legendas,
O certo do errado, o português bonito.
Em nossas redações aproveitava emendas,
Acrescentando o que podia ser descrito.


Ele foi meu mestre na minha tenra idade,
Adquiri dele o que sei, aos seus ensinamentos.
Tive outros mestres até à faculdade,
Mas devo-lhe a base do meu crescimento.

Professor Vicente eu lhe agradeço
Em nome de todos aqueles seus discentes.
Estás na glória de Deus, eu não mereço
Pedir que rogue ao Pai por nós, todos viventes.


Por
Iolanda


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LIVRO ESTRAGADO

No meu saudoso tempo de pré-adolescente
Fui incentivada a gostar de ler.
E essa prática ainda uso atualmente
Da minha vida, no constante decorrer.

A prática da leitura é muito importante,
Muda nosso pensar e nosso comportamento.
Eleva nosso saber e é muito empolgante,
Faz-nos viajar e nos traz conhecimento.

Foi o eterno mestre Vicente Sampaio
Que me incutiu da leitura o valor.
Agradeço a ele todo aquele ensaio
Ao me incentivar a ler com muito amor.

Eu fazia, então, o Curso Ginasial
Quando fui incutida, pelo mestre, à leitura.
Do grande valor que ela tem e, por sinal,
Da influência dela na nossa cultura.

O eterno mestre, além de professor,
Era o grande diretor do Monsenhor Custódio.
Uma biblioteca lá com muitos livros ele fundou
E nos levou a conhecê-la, lembro o episódio.

Tinha coleções muito interessantes
Em todas as áreas do conhecimento.
Matemática, Física, Química... Coleções possantes,
Mas uma que eu vi ficou-me no pensamento.

Aquela coleção pela qual fui atraída
Era a grande obra de Monteiro Lobato.
E quando, ao terminar a aula, logo na saída,
Reservei o primeiro livro para ler, de fato.

Eu li prazerosa, toda a coleção,
De “cabo a rabo” como o ditado diz.
As histórias vivendo com empolgação,
Naquela minha sempre vida de aprendiz.

O “Sítio do Pica-pau Amarelo” todo eu conheço
Desde os treze anos, essa interessante história,
Quando toda a coleção eu li, com garra e muito apreço,
Incentivada pelo mestre, naquela era de glória.

O mestre, durante as aulas, também incentivava
Aos livros termos, deveras, cuidado extremo.
Não rasgar e nem riscar, ele sempre alertava:
“Suas páginas são dádivas, um poder supremo”.

Porém, um dia aconteceu situação delicada
Naquele tempo distante, que vale a pena contar,
Com um daqueles livros, em uma ação praticada
Pelo próprio mestre que vivia a relatar...

...Para termos cuidado extremo com eles:
“Não rasgue e nem risque suas páginas, jamais!
Molhar é imprudência, é bem que causar neles
O pior das atividades que uma pessoa faz”.

Eu estava a ler, então, e logo aconteceu
Quando eu me deliciava com o “Poço do Visconde”
Nos batentes do quintal lá de casa e apareceu
Uma chuvarada repentina que veio não sei de onde.

O livro ficou molhado, encharcado, melhor dizer.
E ao olhar para cima, eu não pude acreditar:
O mestre, uma bacia d’água, havia jogado sem querer!
E aquela situação triste passamos a remediar.

Por
Iolanda

Poemas extraídos do livro

"Minha Palmácia de Ontem"


TODO BOM COMEÇO TEM UM BOM PROFESSOR!