OS NAMOROS NAS JANELAS DO "SEU" RENATO
OU
PALMÁCIA DOS ANOS 60
As “festas de arromba”, os “brotos” e a “Jovem Guarda”,
Os prazeres da vida, o meu bem-querer,
Tudo isso fez parte da minha vanguarda,
Da aurora desse meu viver.
Como uma adolescente consciente
Eu também tive meus grandes amores!
Vivi romances e paixões, indiferente,
E tive também grandes dissabores.
As janelas lá de casa eram bancadas
Também dos namoros dos jovens daquela era.
E eu, como todas as eternas enamoradas,
Lá também desfrutei muito a primavera.
Mas meus queridos pais nem um pouco gostavam
Daquele fuxico de namoro em suas janelas,
Pois se algumas sirigaitas lá se agarravam
Alguém iria pensar serem as filhas belas...
...Do senhor Renato e da senhora dona Ildete,
E logo com a “boca no trombone” iria anunciar
Que algumas de suas filhas, que são sete,
Estavam namorando a se esbaldar.
E devido a isso o papai preparava
Uma gororoba nada vista igual:
Borra de café nas janelas colocava
Com um pouco d’água e muito colorau.
O que acontecia?! Nisso se imagina
Com os namorados que lá se sentavam:
P. da vida o rapazote e sua menina!
E os dois lambuzados logo debandavam.
Por
Iolanda
Poema extraído do livro
"Minha Palmácia de Ontem"
Nunca sentei nessa janela, Iolanda. Mas imagino como deviam ficar os fundilhos de quem o fazia...rsrs.
ResponderExcluirVocê era criança nesse tempo, Helder. E como era engraçado ver os casais saírem de lá com os traseiros sujos... rsrsrs... Papai fazia isso e nós, seus filhos, ficávamos com vergonha dos amigos pegos na armadilha... rsrsrs... E eles não voltavam mais.... rsrsrs...
ResponderExcluirForam muitas as vítimas... rsrsrs... Cedinho da noite eu via o papai preparar a gororoba. E pra ele nem importava se estava sujando a parede também...rsrsrs...
Êta saudade grande do meu velho!