quarta-feira, 21 de setembro de 2011

INDEPENDÊNCIA?

Publicado em 21 de setembro de 2011 no jornal Diário do Nordeste

No último dia 7, foram comemorados 189 anos de Independência, marcado pelo movimento supra partidário da "Marcha Contra a Corrupção", pontuando o legítimo sentimento da sociedade brasileira em lutar contra todas as manifestações de corrupção e um "fora os políticos corruptos". Numa visão mais ampla, o que falta para a verdadeira Independência do Brasil? Um país independente passa por alguns parâmetros bem definidos, sobretudo, pela ampla cidadania do seu povo, ou seja: "quando a liberdade humana é alcançada em sua plenitude, oportunidade de trabalho, educação com qualidade e emprego para todos, sem dependência de programas assistenciais, meramente, eleitoreiros". O Brasil precisa superar a persistência da pobreza, ameaça ao meio ambiente, eliminar seus 50 milhões de analfabetos funcionais, construir 50 mil salas de aula para colocar 85% dos seus jovens, na escola, eliminar a excessiva concentração de renda, nas mãos de poucos, implantar a "ficha limpa" para impedir eleição de candidatos corruptos e punição exemplar para políticos, que se apropriam dos recursos públicos destinados ao bem estar da sociedade mais carente. Lamentável que o Brasil não atingiu essa liberdade. Somos a sétima potência do mundo em seu PIB, embora ocupemos o 71º lugar, no Índice de Desenvolvimento Humano. O melhor referencial da evolução de um povo é o indicador de educação, como maior fator de inclusão social. Sem educação não existe caminho que o leve à independência. Só a qualificação profissional garantirá ao brasileiro o acesso ao mercado de trabalho, no mundo globalizado. A liberdade de um povo passa pela distribuição de suas riquezas naturais, sem disparidades entre regiões e uma educação de qualidade, independentemente, de se estudar em escola pública ou particular. Precisamos de uma urgente reforma política, eliminação dos "partidos de aluguel", negociações espúrias entre o executivo e legislativo para obtenção de uma "governabilidade". O Brasil precisa fazer o dever de casa e muito tem a fazer para ser um país de primeiro mundo. Algo já foi feito, mas, precisa intensificar essas estratégias governamentais.

João Gonçalves Filho (Bosco) - da Academia Limoeirense de Letras

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