terça-feira, 31 de janeiro de 2012


OUTRAS BRINCADEIRAS




No alpendre da “vó Desuite”, na nossa meninice
Quantas brincadeiras gostosas a fazer!
Ao esperar que madrinha Eunice
Abrisse a escola pra nos dar saber!

Do “Seu” Macambira em sua farmácia
Lembro-me, nitidamente, daquela caixinha
Em que ele untava o dedo, em ação diplomática
Para folhear o que na sua frente tinha.

Do boneco de alcacelcer, lembro-me agora,
Uma propaganda do comprimido sonrisal.
Ele era um mimo na dita farmácia de outrora,
Boneco como aquele nunca vi igual.

Aquele boneco, se a gente o fitava
Bem na sua frente, o olho ele piscava.
Se a gente ficava de lado, observava
Que o boneco também pra gente olhava.

Quando “Seu” Macambira foi embora
De Palmácia, ele o presenteou
À minha mana Dodô, eu lembro agora,
Da grande alegria que a ela ele causou.

Lembro da Liduína da dona Maria do Carmo,
Filha do “Seu” Zezé da carpintaria.
Na memória muitas lembranças armo,
Porque com ela eu brincava noite e dia.

Eram brincadeiras da casinha,
Batizados de bonecas fizemos até demais.
Eu era tão feliz naquela saudosa vida minha...
Naqueles tempos que não voltam nunca mais!


Por
Iolanda


POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO
"MINHA PALMÁCIA DE ONTEM"

O JOGO DE PEDRA





Do jogo de pedra, lembro-me claramente
Que pelas calçadas eu sentava a brincar.
E nesse jogo eu enganava a muita gente
Quando propunha com a mão esquerda jogar.


Meu adversário nem sequer sabia
Jogar para o alto a pedra e pegar depois.
Nessa brincadeira o mais que ele fazia
Era sair de modo “um” para o “dois”.


Durante o jogo eu sempre estava na frente,
Bois e mais bois no adversário a dar.
Mas a temer eu ficava, de repente,
Se alguém chegasse a descobrir e relatar...


...Que eu era canhota de nascença mesmo,
Que estava enganando a Deus e o mundo.
E nessa brincadeira eu me ria a esmo
Daquele meu raciocínio mais do que profundo.


Por
Iolanda


POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO
"MINHA PALMÁCIA DE ONTEM"



BRINCADEIRAS DE CRIANÇA




O pula corda, o jogo de pedra e a peteca,
A boca de forno, o anel de pulo e tudo mais,
Lado direito, pai Francisco e a boneca
São brincadeiras que não voltam, jamais!


Jogo de bola, ping pong, macaca, ”dança”,
Coco de milho, dama... Eu brincava sem parar.
São folguedos do meu tempo de criança,
Tempo maravilhoso que fico a recordar.


As cantigas de roda na calçada,
Pega vareta, bila, cabra cega, dominó e futebol!
Eram os brinquedos de toda a criançada,
Dos momentos alegres do nosso arrebol.


Outras brincadeiras de criança:
Boneca de pano, patinete, casinha e pião.
Folguedos que trago na lembrança
De um tempo ido, cheio de emoção.

 Por
Iolanda



Poema extraído do livro
"Minha Palmácia de Ontem"



AMOR INCONDICIONAL




Amo Palmácia, minha terra natal,
Um pedaço do Céu, onde nasci,
Cidade querida, espaço sideral
Onde brinquei, pulei, onde cresci.

Cidadezinha pacata e atrasada,
Porém, em seu seio fui muito feliz,
Numa vida simples e emanada
De amor, de querer! Minha raiz.
                                                         
Muitas saudades tenho da pracinha,
Parte da minha infância que findou.
Que saudades daquela menininha
Que esta vida ingrata, então, mudou!


Que felicidade era aquela de outrora
Que hoje é-me transformada em dor?!
Somente tiro conclusões agora:
Eu era ditosa e espalhava amor!


Talvez tenha sido durante aquela era,
Em que realmente me senti feliz.
Daqueles tempos da minha primavera
Restou apenas eterna cicatriz.


Tempos felizes e saudosos de criança,
De adolescente, de jovem, afinal,
Muitas saudades tenho na lembrança
De uma vida pura, simples e doutrinal.

Por
Iolanda



Poema extraído do livro
"Minha Palmácia de Ontem"

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012



PALMÁCIA É ASSIM:
UM PARAÍSO DESPIDO DE NECESSIDADES SUPÉRFLUAS!































































































































































































































 O MEU MUITO OBRIGADO AOS CONTERRÂNEOS
IPIRANGA NETO E HELDER CAMPOS
POR ME CEDEREM ESTE ENSAIO FOTOGRÁFICO.