quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012



LIVRO: MINHA PALMÁCIA DE ONTEM
AUTORA: IOLANDA CAMPELO DE ANDRADE SAMPAIO




Em “Minha Palmácia de Ontem” represento
De forma contundente meu tempo de criança,
Meu tempo de menina, tempo de acalento.
E minha adolescência, tempo de esperança.

Represento forte, bem nestas passagens,
Um pouco da cidade no seu decorrer.
Tempo de criança, das doces imagens,
E de adolescente, do meu bem-querer.

Revivo os anos 60, meus anos dourados,
Tempo de criança e de adolescente.
Comento, assim, a moda daqueles tempos passados,
Saudosas lembranças, coração ardente.

Falo de entes queridos, meus familiares,
E de alguns conterrâneos, em recordação.
Nestes meus poemas, nestes meus pilares
Falo de magia, amor e emoção.

Relembro os amigos em doce permanência,
Dos grandes passeios, das grandes folias
Quando em criança e na adolescência,
A eles eu sou grata por muitas alegrias.

Cito brincadeiras, fatos pitorescos,
Coisas engraçadas dos tempos de outrora.
Nestes meus poemas, nestes adereços
Sinto a saudade no meu peito agora.

Falo do clima frio e gostoso da serra,
Dos açudes, das bicas e das cachoeiras,
Da perene fonte que em meu peito encerra
 Quando eu tomava banho entre as bananeiras.


Falo da água, do abastecimento,
Da Bica ao pote, da Bica à torneira.
Lembro das cargas d’água, lá em casa, num jumento,
Eu era nesse tempo menina cabreira.

Saliento muito a educação,
Os ensinamentos, a grande euforia.
Sem esquecer, portanto, da religião,
Do meu São Francisco, da grande magia.

Falo de lugares importantes da cidade,
De personagens ilustres, fatos a relatar.
Falo da vida e da morte em minha tenra idade,
Do amor e da desilusão no meu desabrochar.

Relembro as festas de antigamente,
Os momentos cívicos e os atos religiosos.
Tempos de criança e de adolescente,
Guardo na memória, tempos bem saudosos.

Falo do sistema de eletricidade,
Da Casa de Força que lá tinha, então.
Quando às “vinte e uma horas” por toda a cidade
Ficávamos envoltos na escuridão.

Fomento a política que impera em nossa terra,
Política do descaso, da grande ilusão.
Falo do transporte que mais galgou a serra,
Falo da Pinheiro, a Auto Viação.

Comento a economia e algumas profissões,
O modo de vida do povo de outrora.
Não esquecendo, pois, das situações
E da grande saudade quando eu vim embora.


Falo de você, amigo leitor,
Parente e conterrâneo do meu coração.
Falo de Palmácia, do meu grande amor,
“Berço das Palmeiras”, meu doce rincão.

Por
Iolanda


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