Minha querida mãe, a senhora dona Ildete,
Um exemplo de mulher, um modelo a seguir.
Sempre teve garra, do norte ao sul, leste ao oeste,
Trabalhando e lutando para o nosso porvir.
Minha mãe, na sua religiosidade,
Por tudo no mundo tentava nos mostrar
O verdadeiro caminho da bela irmandade,
Nas atitudes, nas preces a ensinar.
Lembro-me sempre que toda noitinha
Mamãe chamava os filhos, um terço a rezar.
E como nossa fé era pouquinha
Ficávamos o tempo todo ajoelhados a cochichar.
Às vezes, todos concentrados no início de um terço,
Um gargalhava baixinho, o outro não aguentava,
Finalmente nos víamos gargalhando, naquele começo,
E mamãe, severa, com a gente ralhava.
E mandava que saíssemos um por um, na nossa inocência,
Dependendo de quem não se comportava.
Naquele tempo éramos crianças e não tínhamos ciência
De que a fé dela também nos alimentava!
Obrigada, mamãe, por seus ensinamentos,
Através deles alicercei a minha vida.
Perdoe-me as mágoas e os aborrecimentos,
Ou mesmo a grande dor de uma ferida...
...Causada, sem saber a intensidade
De ser uma mãe, o seu grande valor!
A gente só sente realmente essa verdade
Quando se torna mãe e se morre por amor.
Por
Iolanda
Extraído do livro "Minha Palmácia de Ontem"
Por
Iolanda
Extraído do livro "Minha Palmácia de Ontem"
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