sexta-feira, 18 de novembro de 2011


PAPAI NOEL EXISTE?
EU DIGO QUE SIM!



O Natal está próximo. Já se observa por toda a cidade os enfeites comemorativos. Fascinante é a preparação para a espera dessa data: luzes coloridas, pisca – piscas, árvores de Natal, shoppings enfeitados de trenós, renas e neve de algodão... Lapinhas... E mais ainda: a tão esperada chegada do Papai Noel.
É lindo ver uma família partilhar a chegada do Papai Noel! De ir ao shopping vê-lo descer de helicóptero! Nota-se aí que a felicidade é parceira nessa união, pois toda a família acredita nessa magia, porque para ela Papai Noel é um fato que está presente no seu cotidiano, no amor do casal, no amor paternal, maternal e fraternal, marcado para sempre na memória e que influencia, inclusive, na educação de todos.
Para essa família Papai Noel existe, porque ele é o próprio amor, a união e a confraternização que reinam nesse lar... Papai Noel é símbolo de fraternidade, de paz e de solidariedade.
Podemos observar que a magia da época do Natal e a chegada do Papai Noel só é celebrada em lares onde existe o amor e a união familiar. Quando vemos, numa família pobre de bens materiais, os filhos serem sempre presenteados pelo Papai Noel, é porque a paz reina nesse lar, por ela ser rica de bens espirituais, pois o amor existe entre seus membros. E como é saudável deixar a criança fantasiar! Isso é próprio da sua idade. É importante deixá-la viver sua ingenuidade, principalmente no mundo em que habitamos, onde a toda hora  vivenciamos violências nas ruas, nas escolas e mesmo em lares. E a criança precisa de fantasia para não ficar adulta antes do tempo. O fantasiar é próprio da meninice.
Quando criança acreditei até a idade certa na vinda do bom velhinho. Apesar de pertencer a uma prole numerosa, meus pais nunca barraram nossa fantasia e na Noite de Natal ininterruptamente aparecia, sob nossos chinelos, o presente do Papai Noel, fosse o que fosse, mas estava lá e era sempre bem aceito.
Nesta minha outra família, depois de casada, também sempre incuti na existência do Papai Noel. Quando minhas filhas eram criancinhas, eu criava situações para isso, curtindo cada detalhe. E minhas filhas acreditaram até onde puderam... Só que poderiam ter acreditado muito mais, não fosse a existência de um fato: uma afilhada minha, de idade igual à minha filha mais nova,  estava de férias em minha casa e ia atravessar a Noite de Natal com a gente. Vendo minhas filhas a fazerem cartinhas para o Papai Noel, ela tirou-lhes a total inocência do fato, dizendo-lhes que Papai Noel não existia... que ela nunca tinha ganhado um presente de Papai Noel... e que muitas crianças recebiam presentes no Natal, mas eram os pais que colocavam... aquela velha história! Ainda tentei remediar, mas foi em vão... Pena que as três bonecas lindas já estavam empacotadas para o momento certo!  Vê-se que essa criança, tão tenra, não tinha um lar feliz. O pai, quase um alcoólatra e a mãe, coitada, semi-analfabeta e com uma “reca” de filhos, vivia maltratada pelo lar conturbado... Não culpo a criança pelo fato. Inocente como ela, não fez por mal, mas tirou-me a alegria de preparar, ainda por mais alguns anos, aquela cena de expectativa... do bom velhinho entrando pela fechadura... e tirou ainda, de maneira bárbara, a crença de minhas filhas! Crença essa considerada pelos psicólogos como bastante saudável para a idade, porque é nessa fase que a criança percebe a fantasia como o primeiro passo para transformar em realidade um grande desejo. Perdurar a lembrança do Papai Noel até a vida adulta é viver em paz de espírito e em confraternização.


PAPAI NOEL EXISTE NA MINHA VIDA.
E NA SUA, EXISTE?

Por
Iolanda

Botei meu sapatinho
Na janela do quintal
Papai Noel deixou
Meu presente de Natal.
Como é que Papai Noel
Não se esquece de ninguém
Seja rico ou seja pobre
O velhinho sempre vem!



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