ADAUTO SAMPAIO DE ANDRADE
Nasceu em 26 de outubro de 1910, em Palmácia, antiga Palmeiras. Filho de Moisés Moreira de Andrade e Raimunda Sampaio Andrade.
Por ser uma criança dinâmica e esperta, Adauto, em tenra idade, com apenas 5 anos, muito ajudava os pais na agricultura e pecuária, nas suas propriedades de terras no Sítio Olival e Sítio Caboclos (em Palmácia) e Fazenda Boa Esperança (no município de Maranguape). Foi assim que, até aos 28 anos, muito ajudou seus genitores na labuta diária e sempre atento na criação dos irmãos mais jovens, tendo pelo irmão Renato Sampaio Andrade maior laço de afetividade.
Casou-se com a senhora Maria do Carmo Camurça Sampaio (falecida), de cujo matrimônio nasceram 11 filhos, 14 netos e 10 bisnetos.
São seus filhos pela ordem cronológica: Moisés Francisco (militar e advogado concursado para a promotoria pública de Roraima – falecido), Wellington (trabalhador autônomo), Estela (funcionária pública federal do Exército Brasileiro), Maria de Fátima (servidora concursada do antigo INPS – falecida), Iatagan (funcionário concursado do Banco Central e agropecuarista), Tânia (funcionária do Banco do Brasil), Clerton (agricultor e pecuarista – falecido), Maria Amélia (advogada), Adauto Júnior (professor concursado da rede estadual de ensino) e Ricardo (comerciante).
Aqui se faz uma referência no sentido de dizer que apesar deste casal ter perdido três filhos muito jovens, isso não foi motivo para desespero, haja visto que soube superar tais perdas com equilíbrio e conformação.
Em 1938 ingressou na Polícia Militar do Estado do Ceará, onde desenvolveu um trabalho satisfatório e com galhardia. Tanto é que foi convidado a permanecer na incorporação, mas Adauto logo entendeu que o sistema ia contra seus princípios éticos, razão pela qual optou por não continuar suas atividades militares.
Foi um batalhador incansável na luta pela emancipação política do município de Palmácia, quando, junto aos demais conterrâneos, aspirava pela independência do seu torrão natal, obtendo êxito em sua empreitada.
Ingressou no Ministério da Saúde, como guarda da malária, atual Fundação Nacional de Saúde – FUNASA. Nessa instituição completou seu tempo de serviço, estando hoje aposentado da vida pública. Foram 35 anos de dedicação, amor e responsabilidade a serviço do povo carente e sofrido. Durante o tempo que permaneceu como funcionário público não teve sequer uma falta, uma punição ou mesmo uma repreensão.
Estando aposentado, passou a dedicar-se com mais afinco à agricultura e pecuária, laboro este onde ele realmente se identificava, pois gostava de lidar com a terra e com o gado. Sempre procurou levar aos filhos o valor de um verdadeiro homem simples e correto, ensinando a todos a força da palavra, a força da união familiar.
Aos 90 anos resolveu residir definitivamente em Fortaleza e entregou a Fazenda Boa Esperança ao filho Iatagan para que ele a administrasse com zelo e responsabilidade, dando assim continuidade às atividades que, com tanto empenho, desenvolveu por anos a fio, mesmo sofrendo as intempéries da seca no sertão.
Residindo em Fortaleza, dedicou-se à feitura de carnes para uso doméstico, as mais diversas, tornando-se um excelente mestre na arte da culinária. É comum se saborear diuturnamente em sua sala de jantar, cuja casa localiza-se no Bairro Parque Araxá, em Fortaleza, cardápio variado e farto. Seu quintal é repleto de aves vindas da fazenda para abate. Desta também vêm suínos, caprinos, ovos e queijos para enriquecer o cardápio da família, bem como para a venda aos vizinhos.
Aos 99 anos perdeu sua companheira e esposa dedicada, porém, com o apoio de seus filhos, pode superar essa grande dor.
Aos 100 anos era ainda dotado de memória extraordinária, grande vivacidade e destreza, pois a tudo que se dedicava, fazia com esmero, como tudo na vida fez. Para não ficar ocioso, entretinha-se na confecção de espetos para a venda de churrascos no comércio do filho Ricardo.
Hoje está com 102 anos e em perfeita lucidez. Seu tempo é dedicado à leitura variada e à curtição dos bisnetos. Gosta de passear, visita Palmácia com frequência, sempre acompanhado de sua comitiva composta pelos filhos, genros, noras, netos e bisnetos. Tem pelo povo palmaciano admiração e apreço, sempre relatando aos netos e bisnetos suas vivências na Terra das Palmeiras.
Nunca se descuidou da saúde. Ultimamente descobriu alguns sinais no rosto e foi necessário serem extraídos com urgência, mas está entre nós, alegre e bem disposto. Ele é, sem dúvida alguma, UM GUERREIRO CENTENÁRIO.
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