quinta-feira, 18 de agosto de 2011

FUGINDO UM POUCO DA ROTA
VIAJANDO ATRAVÉS DA LEITURA


Adoro ler! Através da leitura viajo, faço grandes excursões e muitas descobertas!
Desde criança tenho o hábito de ler muito! Adorava quando lia histórias envolvendo a natureza, o “mato brabo”. Histórias transcorridas em sítios, fazendas... Sempre gostei de ler tudo que se relaciona à ecologia.
E sempre gostava de escutar as histórias de Palmácia, que papai relatava com riquezas de detalhes, citando nomes e datas. Como me arrependo de não tê-las escrito! Daria um livro e tanto!
Quando criança meus manuais de apoio eram os livros do grande escritor Monteiro Lobato, em especial, as histórias do “Sítio do Picapau Amarelo”. E como vivi essas histórias! Eu viajava através das ideias do autor! Soltava minha imaginação... Imaginava e vivia... Vez por outra eu era a Narizinho...  Ou eu era a Emília... Às vezes até me sentia Cuca...! Sonhava acordada!
Lia tanto que meus pensamentos começavam a fluir... A serem donos de si, a saltitarem autônomos, geradores de opiniões, criticando isso, acrescentando aquilo, com ideias próprias!
Como eu adorava as aulas de geografia da dona Benta, os bolinhos de chuva da tia Nastácia, as travessuras da Emília, a gulodice do Rabicó, as caçadas do Pedrinho, a sabedoria do Visconde, as peraltices do Saci, as histórias do tio Barnabé! 
Aprendi muitas coisas no “País da Gramática”. Acredito que Monteiro Lobato escreveu o “País da Gramática” com o objetivo "oculto" de ensinar a gramática através de histórias, brincando. E como eu aprendi por esse meio! Sem ser aquela coisa forçada, “decorada”, que eu aprendia na escola! Lá na escola a gente aprendia todas as conjugações do verbo e, quando a aula terminava, a gente dizia “nós já vai embora”. Não sabíamos nem pra que serviam os verbos!
Sempre gostei de ler! E sempre fui beneficiada por isso! Através da leitura criei o hábito de perceber, entender, opinar e escrever sobre qualquer assunto.
Lembro-me, quando criança, que o meu maior prazer não era brincar de boneca ou coisa assim, mas me deleitar com a leitura de um livro do “Sítio do Picapau Amarelo”. Eu tomava um emprestado na biblioteca da escola e devorava-o bem ligeirinho, ávida de aventuras, que eu vivia intensamente! Lembro-me que meu “cantinho de leitura” era nos batentes da escada que dava para o quintal lá de casa! Lá minha imaginação fluía e eu viajava para lugares maravilhosos, para mundos desconhecidos! Lá eu fugia da "realidade monótona" e dava asas à minha imaginação, onde passava a voar com o Anjinho da Asa Quebrada ou mesmo a correr, com medo da Cuca, pelos prados e selvas com a turma do Sítio.




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