quarta-feira, 20 de julho de 2011


 AMOR INCONDICIONAL



Um dia quiseram-me cortar as raízes com minha terra... Arrumaram minha mala, compraram-me livros e cadernos novos, deram-me conselhos e me deixaram partir! Vim embora, mas meu coração lá ficou... Sentindo o grande impacto da cidade grande, desabafei e chorei. Desses prantos saiu este poema, composto em meio à confusão do tráfego estonteante, do barulho rotineiro, inconfundível e estressante da cidade grande. Não conseguiram cortar minhas raízes, elas cresceram com a saudade...  Este poema é o primeiro de uma coletânea que publiquei com o título “Minha Palmácia de Ontem”.           


AMOR INCONDICIONAL

Amo Palmácia, minha terra natal,
Um pedaço do Céu, onde nasci,
Cidade querida, espaço sideral
Onde brinquei, pulei, onde cresci.

Cidadezinha pacata e atrasada,
Porém em seu seio fui muito feliz,
Numa vida simples e emanada
De amor, de querer! Minha raiz.
                                                                      
   Muitas saudades tenho da pracinha,
Parte da minha infância que findou.
Que saudades daquela menininha
Que esta vida ingrata, então, mudou!

Que felicidade era aquela de outrora
Que hoje é-me transformada em dor?!
Somente tiro conclusões agora:
Eu era ditosa e espalhava amor!

Talvez tenha sido durante aquela era,
Em que realmente me senti feliz.
Daqueles tempos da minha primavera
Restou apenas uma eterna aprendiz.

Tempos felizes e saudosos de criança,
De adolescente, de jovem, afinal,
Muitas saudades tenho na lembrança
De uma vida pura, simples e doutrinal.

Por
Iolanda





Nenhum comentário:

Postar um comentário