quarta-feira, 10 de agosto de 2011


BRINCADEIRAS DO “SEU” RENATO

Amigo, nesse próximo domingo, Dia dos Pais, aproveite para “curtir” bem muito o teu herói. Fale sobre teu amor por ele, agradeço por tudo: pelo companheirismo, pelos conselhos, pelos carinhos, pelo colo, pelas broncas, pelas palmadas... Agradeça por tudo! Ele é teu escultor, te molda para a vida.

"É com as referências boas ao seu próprio pai que o pai vai esculpindo o seu próprio filho." (Lytton).

Eu já não tenho mais o meu... Ontem estava nostálgica, pensando nele. Mas resolvi dar um basta na tristeza ao lembrá-lo, pois ele era só alegria! Gostava de festa, de animação, da família reunida, da mesa farta com os filhos presentes. Mesmo na sua velhice, nunca se incomodou com o barulho do carnaval na sua porta... Quem conheceu o “Seu” Renato sabe disso. Gostava de brincadeiras, de contar fatos engraçados, de criar situações pilhéricas. Era o jeito dele.

Sempre no Dia dos Pais estávamos todos ao seu lado, seus oito filhos. E ele se realizava! Mas antes do dia já avisava: Não quero ganhar “porra” de pano, quero “bufunfa”! (Que no modo brincalhão dele era dinheiro). E nesses dias “Seu” Renato enchia os bolsos! Era como uma devolução pelo que ele tinha gastado com a gente...

Eu sempre dava um jeitinho de fazer uma brincadeira com ele. Lembro-me que uma vez dei-lhe de presente, no Dia dos Pais, uma camisa social, toda empacotada. E ele já tinha lembrado, na semana anterior, que não queria “porra” de pano...

Senti seu modo desgostoso quando viu o presente. Pedi que ele rasgasse o plástico e olhasse se a camisa dava nele. E ele assim fez. Então eu falei novamente: Papai, olha no bolso da camisa! E “Seu” Renato meteu a mão no bolso e tirou a gostosa “bufunfa”...

Que saudades! No próximo domingo, Dia dos Pais,  estaremos lá em Palmácia, todos os filhos! E espiritualmente papai estará também, em sua cadeira cativa...

Deixa pra lá as tristezas, “Seu” Renato era só contentamento. Viveu todo o tempo do mundo, 94 anos, em total lucidez. Formou os filhos com dificuldades, mas realizou todos os seus sonhos. Tenho que lembrá-lo com alegria, contanto suas realizações, seu heroísmo e suas brincadeiras. Vez por outra, aqui no meu espaço, irei postar uma brincadeira do papai. Veja a primeira:

ESTOU PINTANDO A CASA

"Seu" Renato estava com uma escada na calçada, um balde de tinta e um pincel. Chegou um conhecido e perguntou:
- Oi,  "Seu" Renato, vai fazer o quê?
- Vou pintar a frente da casa, respondeu ele.
Quando já estava dando a primeira pincelada, chegou outro conhecido:
- O que o senhor vai fazer, "Seu" Renato?
- Vou pintar a frente da casa, respondeu "Seu" Renato, já meio chateado.
Ao dar umas dez pinceladas, chegou outra pessoa e perguntou:
- Vai pintar a frente da casa, "Seu" Renato?
- VOU! E nisso desceu rápido da escada, foi ao quintal, pegou uma tábua e com a tinta da pintura fez uma placa com os dizeres: ESTOU PINTANDO A CASA! E pregou a dita placa na frente da casa, para os curiosos... KKKKKKKKKKKKKKK...


ERA ASSIM MEU PAI, CHEIO DE BRINCADEIRAS!


                                  Papai e mamãe no Sítio "Cabocos"

4 comentários:

  1. Sr. Renato, aqui na face da terra, eu sempre lhe dizia, que o considerava como meu 2º pai! O meu pai de verdade sr. José Camelo de Sousa já se foi à 44 anos. Que DEUS os tenha sobre proteção e guarda ! Seu genro e filho Toinho.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. EU ADORAVA IR AOS DOMINGOS COM MEU PAI P/ A CASA DO SR.RENATO,LÁ EU FICAVA ESCUTANDO ELES CONVERSAREM,E SORRIA MT DAS HISTÓRIAS ENGRAÇADAS QUE CONTAVAM,ERAM DOMINGOS BONS QUE SINTO SAUDADES!UM DIA ELE ME CONTOU COMO ELE CONHECEU D.ILDETE E CASOU,ADOREI A HISTORIA.

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  4. Obrigada, Estrela, pelo comentário e por estar seguindo o meu blog. Farei o possível para relembrar muitos episódios de Palmácia.
    Gostaria que você se identificasse. Por enquanto, só sei que se trata de uma pessoa que conhece Palmácia, minha casa e conheceu demais meu saudoso pai. Ainda irei postar a história do panariço que a mamãe tinha no dedo quando conheceu o papai. Foi mais ou menos assim a história que lhe contou, não foi? Será que você tem algo a ver com o "Seu" Gerardo Sampaio? Estou curiosa. Abraços.

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