sábado, 8 de outubro de 2011

UM POUCO DA HISTÓRIA
DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS


FRANCISCO DO POVO ONTEM E HOJE



NASCIMENTO

“Numa região da Itália
Aconteceu que um dia
Em uma de suas cidades
Com as graças de Deus nascia
Uma criança saudável
Que a todos encantaria.

Francisco logo ao nascer
Já parecia com Jesus
Pois já trazia consigo
Uma incomparável luz
E a Graça da Providência
Sua via ele conduz.

Numa pobre manjedoura
Ele teria nascido
Assim conforme se vê
Com Cristo foi parecido
Com isto vemos que Deus
Já o havia escolhido.

JUVENTUDE

Igual a todos os outros
O menino foi crescendo
Um sonho de cavaleiro
Pouco a pouco foi nascendo
Lutar em grandes batalhas
Nosso jovem foi querendo.

Filho de família rica
Da riqueza ele gozou
No comércio de seu pai
Francisco negociou
E na cidade de Assis
Mil amigos conquistou.

O CAVALEIRO

Havia naquela época
Tristes acontecimentos,
Guerras, lutas e batalhas
Que causavam sofrimentos
Até mesmo o Sumo Papa
Não impediu tais tormentos.

À guerra à moda Cruzada
Toda Itália se achegou
O cavaleiro, o soldado,
Todo mundo se alistou
E nos campestres de Apúlia
Toda a força se ajuntou.

Francisco tinha o sonho
De ser grande cavaleiro
Quando na oportunidade
Foi se alistar pra guerreiro
E numa luta que havia
Era sempre o primeiro.

Depois de ter se alistado
Ele pra guerra partiu
Preparou seus apetrechos
De todos se despediu
Seu sonho cavaleiresco
Logo, logo ressurgiu.

O CHAMADO DIVINO

Rumara para Espoleto
Onde tudo ia começar
Todavia pra Francisco
Tudo podia acabar
Pois algo de muito estranho
Deus iria lhe mostrar.

Foi na noite de Espoleto
Que teve a visitação
Deus interpelou Francisco
Querendo uma decisão
Perguntou a quem servia
Ao empregado ou ao “patrão”

Francisco sem gracejar
Respondeu claro: ao “patrão”
Então Deus exigiu dele
A maior dedicação
Sugeriu que ele voltasse
Pra receber a missão.

A CONVERSÃO

Depois daquela visita
Francisco encontrou a paz
Voltou com muita vontade
De amar a Deus sempre mais
E o mundo se tornou belo
Porque é obra que Deus faz.

Nos três anos que seguiram
Nosso jovem foi tomando
Outra fisionomia
Tal como flores brotando
Lentamente a sua vida
O Senhor foi transformando

Conversão: experiência
Que acontece lentamente
As graças e correções
Não se dão tão de repente
Com Francisco deu-se o mesmo
Disso estava consciente.

Nas diversões e banquetes
Não sentia mais prazer,
Carecia de algo mais
Para sua vida encher
A guerra contra a Perúgia
Não deu pra satisfazer.

Pondo fim à vida incerta
Jesus surgiu novamente
Na Igreja, São Damião
Pra torná-lo consciente
Daquilo que o Pai queria
Do jovem dali pra frente.

Agora você vai ver
O que foi que aconteceu
Naquela exígua capela
Foi lá que Jesus lhe deu
A missão de restaurar
A Igreja, rebanho Seu.

Ouvindo a ordem precisa
Foi à loja de seu pai
Vendeu o tecido que tinha
E ao padre entregar vai
Mesmo com a recusa deste
Francisco deixa e não sai.

Quando Pedro Bernardone
Sabe do que o filho fez
Ficou com bastante cólera
Pois era insensatez
Deixar o filho com a ideia
De acabar tudo de vez.

FRANCISCO DEIXA O PAI TERRENO
E ABRAÇA O PAI CELESTIAL

Deixando seu filho preso
Bernardone viajou
A mãe que compreendia
Logo, logo o libertou
E o jovem sem vacilar
A São Damião voltou.

Ao regressar de viagem
E o filho não encontrando
Quis encerrar logo o caso
Ao Bispo apresentando
As queixas contra seu filho
Pois estava perturbando.

O Bispo ouviu a questão
E mandou chamar o “réu”
Chegando ao tribunal
Como quem ganha um troféu
Despojando-se das vestes
Entrega-se ao Pai do céu.

O APOSTOLADO

Seguir Jesus passo a passo
Era a sua pretensão
Viver o evangelho à risca
Era a sua vocação
Sendo sempre obediente
Mereceu compensação.

De Cristo a cópia perfeita
Pelo Papa foi chamado
Não foi só esforço próprio
Que chegou ao desejado
Pois Deus jamais deixaria
Ele desacompanhado.

OS PRIMEIROS SEGUIDORES

Como todo inovador
Francisco só não ficou
Surge então o primeiro jovem
Que dele se aproximou
Bernardo de Quintavale
Sua riqueza deixou.

Logo na mesma semana
Francisco foi procurado
Por outro jovem de Assis
Que o recebeu de bom grado
Era Pedro de Catânia
O segundo a ser chamado.

A ALEGRIA EM CRISTO

Segundo Tomás Celano
De Francisco a alegria
Tanto se via na face
Como de dentro partia
Era tão forte esta força
Explicar ninguém sabia.

A alegria deve estar
Em todo adepto de Cristo
E nosso jovem Francisco
Tinha consciência disto
Nunca gostou de ser triste
Alegre sempre era visto.”

POEMA CORDELISTA DE
GERALDO CARVALHO FROTA – O PARDAL


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